Vendo-os naquela agonia de tornar a pegar-se e se deixar ir, de infinitas nobrezas um com o outro, das encenações todas nas quais se gastavam, lutando e seduzindo-se, percebeu pela primeira vez o beneficio daquela solidão que o cercava independente da sua vontade: não era devorado por ninguém. Existia por si e para si. E, embora aquilo fosse muito triste em tantas manhãs de cama vazia e paredes geladas, naquele momento sentiu ali algo bom. Pela primeira vez algo bom. Não ser devorado era o melhor sentimento que havia.