domingo, 26 de maio de 2013

(Resposta a um amigo que me perguntou o que é tão deprimente nos domingos)

A melancolia do domingo não é realmente por estarmos na beira de começar outra semana.
Mas por ser o fim insuportável da que passou.
Não é a repetição que nos desespera, podemos suportá-la e aguardamos ansiosamente pela ilusão dela.
É perder que angustia.
E esse tempo do domingo, essa última hora, esse pouco antes de segunda, é tão importante porque afinal se evidencia uma improbabilidade de pesadelo:
E se, ao invés de repetir tudo de novo,
segunda nunca mais chegar?

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